quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Que venha 2015!


É... chegamos hein! Quem diria 31 de dezembro de 2014... Foi difícil, mas conseguimos. Huru! Pensei em não fazer aquele momento reflexão, mas hoje decidi que pelo menos algo escreveria.

Creio que se me perguntassem: "Cris, qual palavra definiria o ano de 2014 para você?", com certeza diria Aprendizado, porque independente de todos os altos e baixos pelos quais passei, todos me ensinaram alguma coisa. A olhar ao meu redor, correr menos, comer (sim, por incrível que pareça rs), entre outras coisas.

O que espero para 2015? Surpresas, talvez. Vejo cada dia como uma novidade. Você nunca sabe o que pode acontecer ao virar uma esquina. Um dia estamos aqui, em outro não. Então, vou deixar as coisas correrem de acordo com o tempo.

Quanto ao fazer aquelas listinhas de início de ano. Até pensei, acreditam? Mas eu nunca cumpro. Quer dizer... algumas. Resolvi que neste ano não vou fazer lista. Não vou colocar nada de: "Ah! vou para academia/ emagrecer/ amar mais/ observar mais/ viver...", coisas do tipo.

Sei que parece um discurso meio 'deprê', sem nada de planos e tal, mas calma. Simplesmente decidi que neste novo ano não criarei expectativas. Planos terá, só não vou exagerar. O mal do ser humano é esperar muitas coisas, e eu espero que 2015 venha cheio de coisas boas, só não vou mais ficar doida! Risos!

Estes dias me deparei com uma frase de Machado de Assis que dizia: "Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito". Que assim façamos nós.

Vamos escrever uma nova história com muita sabedoria e com bastante jogo de cintura. Vamos reinventar e nos desvincilhar de âncoras. Dar os primeiros passos, deixar de criar desculpas, enfrentar. Tomar atitude. Nunca perder a fé. "Nada como um dia após o outro".

Acabou que escrevi alguns planos para 2015 rsrs, mas é como falei, metas eu tenho, só que moderadas. Só tenho a agradecer a Deus por mais um ano e a todos vocês que passaram por aqui.

FELIZ 2015 PEOPLES!!! Bjos da Criss =)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O Jardim Interior


Todos os jardins deveriam ser fechados
com altos muros de um cinza muito pálido
onde uma fonte, pudesse cantar sozinha
entre o vermelho dos cravos.

O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência
nem o abandono...
o que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.

Mário Quintana
  
Ps. Não sei vocês, mas ultimamente tenho encontrado por aí muitos olhares vazios. Vamos ficar mais atentos meu povo! Não esconda a beleza e nem sequer a vida, em redomas. Para cada olhar indiferente, há outros de encantamento. Vai que numa curva qualquer tenham olhos ansiosos para se deixar encantar pelo seu jardim. Sim, sou bem positivinha rsrs. Na verdade, só acho que levantar muros altos cercando os jardins, apenas tornariam este mundo mais pobre. Bjinhos.


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Cecília Meireles: O Amor


O Amor...

É difícil para os indecisos.

É assustador para os medrosos.

Avassalador para os apaixonados!

Mas, os vencedores no amor são os
fortes.

Os que sabem o que querem e querem o que têm!

Sonhar um sonho a dois,

e nunca desistir da busca de ser feliz,

é para poucos!!
Cecília Meireles
 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Assim como as flores

Assim como as flores, sentimentos que não são regados com ternura e cuidados diariamente, acabam por morrer.
 Bibiana Benites

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dicas práticas da Dona Cacilda

Hello pessoinhas!! Olha quem resolveu aparecer! Risos! Sem enrolação... vamos para a parte interessante da história. Quem me conhece sabe que tenho paixão pela leitura (tá confesso que ando relapsa ultimamente. Culpem a mono! rs). Voltado ao assunto, hoje vim compartilhar com vocês a receita básica para viver bem da Dona Cacilda. O texto é bem bonitinho. Espero que curtam. Beijocas!!

Dona Cacilda é uma senhorita de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo o dia às 8 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e perfeitamente maquiada apesar de sua pouca visão.

Certo dia, perguntada sobre o que fazia para manter aquela aparência jovem e aquele ar de tranqüilidade respondeu:

- Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.

- Freqüente, de preferência, seus amigos alegres. Os "baixo-astrais" puxam você para baixo.

- Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer.

- Curta coisas simples.

- Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego.

- Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO, enquanto você viver.

- Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.

- Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver abaixo desse nível, peça ajuda.

- Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.

- Diga a quem você ama, que você realmente os ama, em todas as oportunidades.

- E lembre-se sempre que: 

A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... de tanto rir...de surpresa, de êxtase, de felicidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

The Voca People

Nas minhas andanças diárias pelo mundo virtual encontrei uma pérola. O "The Voca People". Já pesquisei e vi que muitas pessoas já os conhecem, mas é sempre bom rever o quanto eles são magníficos. 

O interessante deste grupo é que eles não utilizam nenhum instrumento ou efeito especial. Eles simplesmente utilizam o que possuem, a voz. É um vídeo antigo, mas vale a pena conferir e nele vocês verão vários medleys com músicas bem conhecidas. Apreciem sem moderação rsrs. Beijocas da Criss!! =)


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sobre o Dia dos Professores

Como todos sabem, hoje é o dia do professor. Por este motivo não podia deixar de homenageá-los.

Gosto muito de uma frase dita pelo educador Paulo Freire que diz assim: "Se a educação, sozinha, não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". A frase é bem clara. Ela homenageia tanto o professor, como também nos convida à refletir. Que possamos olhar nossos educadores com outros olhos.

Então pessoinhas... minha deixa para o dia de hoje é essa música da Tânia Maya, "Professor". Apertem o play e curtam porque é uma letra bem bonitinha rs. Beijocaaass! =)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sobre o dia do deficiente físico

Boa tarde, pessoas!!

Sei que desapareci literalmente, mas prometo que logo estarei voltando. Infelizmente, o trabalho e a monografia estão tomando muito o meu tempo.

Então, vamos falar sobre o que vim deixar aqui para vocês. Sábado passado foi o dia do deficiente físico. Uma amiga e sua mãe (que está gatíssima por sinal hehe) foram entrevistadas nessa matéria, por isso gostaria de compartilhar com vocês.


Ps. Caso não consigam visualizar bem a matéria na imagem me avisem. A matéria saiu no Jornal A Gazeta. Bjos da Criss! =)

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Mulher refletindo madrugada adentro


Noite alta, acabara de deixar o amigo no aeroporto. Não qualquer amigo. Se era o nome daquele homem que estava gravado na aliança que ela usara mais de uma década. O pai de seu filho.
Supusera, durante anos, que envelheceria ao lado dele. Mas o enredo os surpreendeu e gradativamente tudo se transformou, tudo passou a ser outro. Dentro e fora.
Culpa de quem? De ninguém. A vida não pede licença para mudar. Simplesmente sopra ventos, ilumina espaços, evidencia escuridões, questiona, reforma sonhos, enfim, movimenta peças. Não raro e não por acaso, produz sofrimento, dado o apego, a ignorância, o medo. E segue seu curso.
Mas agora, incrível, o que já fora um mar de aflição e perda não lhe oferecia sequer uma gota de dor, era apenas um capítulo da sua história. E felizmente e porque assim decidiram, restara entre eles o respeito e o querer bem.
Ao volante, pensava com satisfação nessa conquista tão simples e incomum, enquanto sentia o confortante frescor da noite. Movimento pouco na estrada, a volta para casa era embalada por música suave. E no mais tudo era silêncio e calma.
Foi assim serena e inesperadamente que constatou a natureza dos encontros: a efemeridade. Perdurem duas horas, vinte anos ou setenta, todos os relacionamentos são temporários. O que muda, além da duração, é a profundidade da troca. De modo que compartilhar alguns momentos com alguém pode ser mais significativo do que completar bodas de ouro.
Mesmo porque, com frequência o hábito estrangula a espontaneidade, o afeto e a vitalidade de um vínculo. E, encolhida, seja pelo receio do conflito ou pelo medo do novo, muita gente passa décadas arrastando cadáveres, contratos vencidos.
Ao compreender que a única presença imprescindível para sua felicidade era ela mesma, essa mulher se recusou a perder a vida assim. E, agora que já tinha pago o preço de viver um anseio legítimo, era muito mais fácil aceitar as partidas. Com alívio, via afrouxar em si a necessidade de prender alguém. As pessoas vêm e vão, e está tudo bem.
Importa é manter o coração aberto. Importa se reconciliar com a solitude original humana: nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Importa se amar. Importa desenvolver a capacidade de estabelecer relações cada vez mais ricas, equilibradas de entregas e recebimentos. E saber festejar e reverenciar a eventual companhia do outro, o que é natural quando se sabe que não é definitiva.
Naquela madrugada, a ilusão se desvaneceu. E ela compreendeu que o amor entre duas pessoas só pode ser feito de liberdade. Sentiu-se feliz, muito mais leve. E tinha o coração pacífico como sono da criança que dormia bem ali, no banco de trás.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Eu, o outro


Sentada em um banco fico a meditar
Será que somos tão diferentes no agir e no pensar?
Somos homens e mulheres
Distinção haverá?

Somos iguais no nascer e no viver
Mas diferentes no ouvir e entender
Se alguém vamos julgar
Logo aparece um para defender ou acusar.

Somos iguais no sorrir e no chorar
Mas diferentes na maneira de sentir e se emocionar
Uns guardam no peito a tristeza e o rancor
Outros choram de rir e se alegram mesmo na dor

Nas dores e no prazer
Só existe uma diferença
O modo de proceder.

Todos são iguais!
Grita nossa "querida" lei
Mas na hora do agir
Podemos fazer tudo ruir.

Matamos por ódio
Morremos por amor
Agimos por fé
Ignoramos com fervor.

Iguais, diferentes
Livres e independentes
Sábios e inteligentes
Sonhadores e desiludidos
Diferentes na cor
Mas com um único desejo
Viver somente.

Criss Marques

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Em ritmo de eleição

Enquanto uns já estão em ritmo de copa... eu estou mais avançada hahahah. 'Bora' votar nos Honestinos da vida meu povo! hehehe

Bjos e queijos.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Conversas de banheiro

Essa postagem é típica daquelas coisas que você só vê por aqui (pelo menos penso assim. Sei lá! rs).

Sabem aqueles clichês que sempre estão presentes na boca do povão? Tipo aquele: "Quando você pensa que já viu/ouviu de tudo, você na verdade não viu/ouviu foi nada". Então, estes dias, isso aconteceu comigo.

O ser humano, na minha visão, será sempre aquela pessoa doida e estranha, capaz das coisas mais "absurdas" e inimagináveis possíveis. Agora, senta que lá vem a história. Hahaha. 

Estava em um banheiro - vamos dizer "público" - e junto comigo entrou mais uma pessoa. Algum tempo depois, outra adentrou no local. Quando de repente, começou tal diálogo: 

Obs. Estava somente ouvindo. Viram?? rs

- Quem tá aí? (A pessoa se olhava no espelho).

- Eu. (Nem preciso dizer onde a outra estava né? risos)

- Eu quem?

- Eu fulano.

- Eu fulano, a inveja é uma coisa tão ridícula e faz um mal...

- Verdade.

- Mas... sabe que em partes ela é maravilhosa? (Muitas gargalhadas)

A pessoa saiu e só ouvi a outra dizer: - cada uma...

Eu senti muita vontade rir na hora, mas me segurei. Quando ela saiu, pensei: "hein? cuma? sério que presenciei isso?".

Mas aí você me pergunta: "Sim, Cris. Qual a relevância dessa postagem?"

Na verdade, nenhuma. Hahaha. Talvez, só para mostrar mais uma vez que: de 'doidos' todos nós temos um pouco rs.

Beijooos! =)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Mulheres incríveis: Maya Angelou

 (1928 -2014)
Hoje quero falar um pouco sobre esta grande mulher. Marguerite Ann Johnson, ou melhor, Maya Angelou. Serei breve porque quero deixá-los curiosos para conhecê-la mais profundamente.

Maya nasceu em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos. Teve uma infância pobre e nesta época morava com a avó paterna. Escrevia poemas desde os nove anos e teve seu primeiro filho aos 17. Época em que isso não era comum.

Angelou era considerada como uma das grandes vozes da literatura contemporânea do mundo. E o que mais chamava atenção (pelo menos chamou a minha) era a sua versatilidade. Ela foi cozinheira, condutora de carros, garçonete, cantora, dançarina, professora, editora, atriz, compositora, produtora, jornalista (em uma de suas viagens a Cairo senão me angano) e militante pelos direitos civis. Muita coisa não? Creio que a lista deva ser grande, mas vamos parar por aqui. Rsrsrs


Como escritora, sua obra tem uma forte marca autobiográfica. Seu primeiro livro, "I Know Why The Caged Bird Sings" (1969), (em português "Eu sei por que o passáro canta na gaiola"), fez dela uma das primeiras escritoras negras a ter um best-seller nos Estados Unidos e ainda foi indicada ao prêmio Pulitzer Prise em poesia.

Na obra em questão, além de relatar o desejo de ser branca, ela se lembra de quando foi abusada sexualmente pelo namorado da mãe. Contam que o homem acabou sendo morto por seus tios, fato este que ocasionou na completa mudez de Maya, que passou uns cinco anos sem falar qualquer palavra. (Depois deste livro, ainda tem mais uns seis autobiográficos).

Uma das partes que me encanta mais ainda é que foi com a ajuda de uma vizinha e do seu amor pela literatura que a poetisa voltou a se expressar verbalmente. Olha aí o poder dos livros! hehehe

Como ativista, ela lutou bravamente pela igualdade racial nos Estados Unidos ao lado de Martin Luther King e Malcom X.

"Listen to yourself and in that quietude you might hear the voice of God." / "Escute a si mesmo e no silêncio você será capaz de ouvir a voz de Deus". 
(Maya Angelou)



Ps. Espero ter deixado vocês com gostinho de quero mais. Procurem sobre ela. Seus escritos são ímpar. Ah! E perdoem os erros de português. Bjos, Criss.

Fontes:

terça-feira, 27 de maio de 2014

Guimarães Rosa: A moça

A moça atrás da vidraça
espia o moço passar.
O moço nem viu a moça,
ele é de outro lugar.

O que a moça quer ouvir
o moço sabe contar:
ah, se ele a visse agora,
bem que havia de parar.

Atrás da vidraça, a moça
deixa o peito suspirar.
O moço passou depressa,
ou a vida devagar? 

Guimarães Rosa
In Ave, Palavra, 1970 
 
Ps. O poema até onde sei não tem um nome, mas como peguei uma mania 'estranha' de colocar título, assim o fiz. Perdoem-me rs. Bjs, Criss

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Apenas entenda

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostrem o que esperam de mim, porque eu vou seguir meu coração.

Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.

Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre.

Clarice Lispector


Ps. Clarice viveu em uma época tão diferente da minha... mas é incrível como grande parte dos seus escritos se parecem comigo. Ela escrevia de uma maneira tão intensa que, suas palavras, em alguns momentos, me saltam os olhos e tomam vida. Rsrs. bjs, Criss.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Há uma palavra que anda esquecida

 
Há uma palavra que anda esquecida. Sua substância caiu em desuso.

É que parte da humanidade se presume tão poderosa que a despreza e outra parte se enfraqueceu tanto que não consegue pronunciá-la.

Pode parecer fácil viver como se esse recurso, em verdade uma virtude, não fosse real. Apenas porque é tão sutil que escapa a mesurações.

Não se impõe nem oferece vantagens. Mas presta grande ajuda a quem lhe dá crédito. Então alenta e transforma.

Não por acaso está fora de moda. Se propõe precisamente a entrega quando o mundo egocêntrico proclama o controle. E por isso soa ridícula entre tantos.

Pode ser resgatada na música, na literatura e em todas as artes. Mas também no silêncio. Reside na amizade, no afeto e no contato com a natureza. Palpita discretamente no inverno, celebra no verão. Está também na mente e no coração e sobretudo na consciência.

Quem a conhece lhe tem gratidão profunda. Pois quando tudo parece triste e perdido, a simples evocação do seu nome faz pulsar sua existência, amável e generosa. E, como um sorriso que emerge na alma, lá vem ela de novo soprar mais vida. Bem-vinda seja a esperança.

Onides Bonaccorsi Queiroz

sexta-feira, 16 de maio de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Cecília Meireles: Cântico XIII


Renova-te.

Renasce em ti mesmo.

Multiplica os teus olhos, para verem mais.

Multiplica os teus braços para semearem tudo.

Destróis os olhos que tiverem vistos.

Cria outros, para visões novas.

Destróis os braços que tiverem semeado,

Para se esquecerem de colher.

Sê sempre o mesmo.

Sempre outro.

Mas sempre alto.

Sempre longe.

E dentro de tudo.

 Imagem Google

Ps. Cecília sempre fantástica. Não há como não se encantar e se envolver pelas coisas que escrevia. Até porque, muitos dos seus escritos parecem que foram feitos para mim. E para vocês? rs. Bjos

quarta-feira, 26 de março de 2014

Uma nuvem chamada dor


Estes dois meses não foram fáceis. Aconteceu tanta coisa ao mesmo tempo que me senti dentro de um mar revolto. Sei que todos passamos por momentos complicados, perdemos, muitas vezes, pessoas que amamos, sonhos vão por 'ralo abaixo', mas a vida continua e você precisa seguir em frente (e como é complicado fazer isso!). 

SEGUIR EM FRENTE, LEVANTAR A CABEÇA, SONHAR NOVAMENTE, SUPERAR A PERDA, ENGOLIR O CHORO, coisinhas difíceis de se fazer quando estamos tristes e até mesmo desiludidos. Tenho quase certeza de que nosso desejo é ter uma vida super colorida, feliz, tendo sempre ao nosso lado as pessoas que amamos, vendo nossos sonhos e conquistas acontecendo, o problema é que nem tudo é um mar de rosas, já dizia um dos ditados mais certos que conheço.

Engraçado como nessa vida sempre estamos esperando ou buscando algo, o tal êxtase da alegria, mas, nunca imaginamos que podemos ser golpeados no meio do caminho, não pensamos na possibilidade de que pode haver um erro de percurso, algum sofrimento ou dor. Eu estava assim. Bem, até acontecer esse erro de percurso rs.

Olhava ao redor e fazia o possível para não demostrar o que sentia. Sempre fui assim. Só eu sabia a dor que me invadia o coração. Não é fácil passar por estes momentos. Ser tomada pelo incapacidade de não poder fazer nada. Nunca estamos preparados. 

Quando estamos tristes, magoados ou somos tomados por uma dor "avassaladora" não enxergamos as coisas com clareza. Até questionamos Deus nessas horas. Mas percebi nestes últimos meses que a dor nos molda, nos ensina e nos fortalece. E... sim, você olha pro alto e clama também. Muitas vezes, estamos tão angustiados que não enxergamos Deus. Só o vemos bem depois, ali.

Eu estava neste dilema. Sabia que Ele estava perto, mas não sabia entende? Sei lá, às vezes parece ser mais fácil se afogar nas suas tristezas (o que não deveria acontecer, mas...). Resumindo,  o que aprendi com tudo isso é que, depois que a tempestade passa, você percebe que Ele sempre esteve lá esse tempo todo te confortando, cuidando e te dando forças. O problema é que não enxergamos esse cuidado. Torço para que aprendamos a observar os sinais.

Ps. Escrevi... escrevi... e nem sei se coloquei tudo o que queria rsrs. Mas de uma coisa eu sei e quero. Que Deus me ensine a ver todos os dias o Seu cuidar. Quanto a música, ela é linda demais . Bjs, Criss.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Síndrome de Down: É normal ser diferente


Como hoje é o Dia Internacional da Síndrome de Down, vou compartilhar com vocês uma entrevista que fiz com uma mãe que tem uma filha com Down. Infelizmente, nas matérias de jornais, você não tem oportunidade de escrever tudo o que deseja, pois tem limite de caracteres a cumprir. O que é uma maldade! Rsrs. Por isso, o que não foi para a matéria, veio para aqui.

Como todos sabem, a gravidez é uma das fases que mais cria expectativa e surpresa na vida dos pais. E muitas vezes, quando você recebe a notícia de que seu filho carrega uma modificação genética não é fácil. Muitos pais ficam inseguros, pois não sabem como proceder.

É importante frisar que, a Síndrome de Down não é uma doença e muito menos um descuído dos pais, como muitos imaginam. O que acontece é que em vez da criança receber 46 cromossomos, ela fica com 47.

‘Bora’ pra história. Ontem tive a oportunidade de conhecer Nayra e a pequena Estefany. E depois de uma longa conversa, posso dizer que aprendi muito e me sinto feliz por ter feito parte de um momento tão delas. Não vou colocar toda a entrevista porque é bem grande.

- Nayra, como foi saber que sua filha nasceria com a Síndrome?

Quando tive a Estefany em 2007, eu tinha apenas 13 anos e recebi com grande surpresa a notícia de que minha filha tinha essa Síndrome. Não falo do susto de saber, mas do fato de ter tido ela nova. Vou explicar. Quando fiz o pré-natal, o médico não tinha visto nenhum problema na minha gravidez. Ele dizia que estava tudo normal, até o dia que tive a Estefany. 

Lembro que uma médica entrou na sala, e perguntou se alguma mãe tinha percebido algo diferente em seus bebês. Até o momento não sabia diferenciar o que era Down ou não. Então, levei a Estafany no pediatra que me explicou que minha filha tinha essa síndrome. Me orientou e me disse quem deveria procurar. O susto foi pelo fato de saber que a Síndrome ocorre em mulheres mais velhas e eu só tinha 13 anos.

- Como é a convivência da Estafany com outras pessoas? 

A Estefany é uma pessoa muito amada. Todas as pessoas gostam muito dela. Lembro de quando a levava pra fisioterapia. Ela sempre estava sorrindo e era sempre atenciosa com todos. E até hoje é assim. Ah! Ela ama se sentir independente. Na escola brinca e até briga quando alguém faz algo errado. Diz que não pode. 

- Nayra, apesar das campanhas de conscientização sobre a Síndrome de Down, ainda existe muito preconceito. Como vocês lidam com isso?

Nossa! A gente ainda sofre muito preconceito. Uma vez estava andando com a Estafany, nos sentamos num banco e, uma mulher que estava próxima de nós disse para a outra que não se sentasse perto da minha filha porque era mongoloide e podia pegar. Virei para ela e perguntei se não assistia TV, porque essa palavra não existia mais e que deveria chamar minha filha pela palavra certa. Deu uma confusão! Falta de informação das pessoas é o pior sabe. 

Quanto a Estefany, ela não tem uma noção do que seja o preconceito. Ela é muito carinhosa. Não sabe diferenciar. Ela vai olhar pra você e sorrir. O que ensinei pra ela foi que quando alguém olhasse feio, ela deveria se afastar ou me chamar se estivesse perto. E sempre que alguém olha desta maneira ela me fala.

- Você gostaria de dizer alguma coisa para as pessoas que vão conhecer um pouco da sua história?

Que as mães que tem um filho com Down não fiquem com medo. Que cuidem deles como uma pedrinha especial. Como uma joia. As crianças só precisam de carinho, de se sentirem acolhidas e amadas. Se elas se sentirem excluídas, não vão se desenvolver.  As mães que não sabem como lidar com a situação, que procurem um centro que trate do assunto, um pediatra, psicólogo. Que tenham paciência e amor. Amo muito minha filha. Ela é um presente para mim.

Para encerrar... Apesar de terem algumas limitações, todos têm uma vida normal. Estudam, trabalham, moram sozinhos, casam-se. Então vamos dizer não ao preconceito e a falta de informação. Afinal de contas, a informação é a grande aliada contra a discriminação.

 “Ser feliz nem sempre significa que tudo é perfeito. Significa que você decidiu olhar além das imperfeições.”

Então gente, essa é a linda da Estefany. =)
Ps. Quero agradecer muito a Nayra por me deixar conhecer um pouco sobre sua história. Ah! Os erros ortográficos vão ficar pos aí tá! rsrs. Bjs.